António Alves de Sousa, escultor português,renasce aqui, 125 anos depois

domingo, 10 de janeiro de 2010

Erros da pequena história

O escultor Alves de Sousa nunca teve direito à dedicação exclusiva de um historiador rigoroso. Embora as teses da Dra Lúcia Matos e do Dr António Cardoso se tenham debruçado, pela primeira vez usando métodos científicos e devidamente habilitados, sobre facetas do escultor, nunca o tiveram como principal objecto de investigação. Para a Dra Lúcia ele é um entre muitos escultores, e, como se sabe, o objecto de estudo e tese do Dr António Cardoso foi o Arquitecto Marques da Silva. Embora saudando o carinho e empenhamento do Padre Romero Vila e do decano de Vilar de Andorinho, J. Costa Gomes, a verdade é que nos seus trabalhos, publicados abaixo, encontramos algumas imprecisões que convém ir aclarando com maior rigor, à medida que prosseguir esta investigação, embora lembrando, para todos os efeitos, que o signatário, sendo bisneto e apaixonado do escultor, também não é um cientista habilitado, embora se venha esforçando em ser rigoroso.

Hoje olhamos brevemente para a bonita fotografia supra, que tem 99 anos, e vem sendo legendada nos sucessivos trabalhos leigos e artigos de jornal ao longo dos tempos como sendo a "noiva de Alves de Sousa". Algumas da legendas garantem, inclusive, ser ela a própria Germaine Lechartier.

Ora, não é, nem nunca foi, pelo menos do que é possível conhecer. Embora a vida amorosa do escultor seja ainda nuvem densa, pensa-se que só teve uma noiva, e eventualmente mulher (não há ainda certezas, como sabem, sobre o casamento), mãe dos seus filhos, a minha bisavó Germaine Lechartier, só revelada postumamente à família pelo escultor.

Se se ler com atenção a dedicatória da fotografia supra, nunca até hoje publicada (é um orgulho, é; como não?:), é possível tirar com clareza da cuidada caligrafia: "A mon ami Antonio (...), Geneviéve (...)".

Não é difícil perceber, até por comparação com as imagens aqui publicadas de ambas, que Geneviéve e Germaine não são a mesma pessoa.

Um erro, pois, replicado através dos tempos.

99 anos depois, fica esclarecido.

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